segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Confusão Cinza...

As nuvens cinzas pairavam sobre o edifício
As 5 horas da manha, o despertador faz sua parte
E a outrora menina parte rumo ao seu oficio..
Cansada, já pela manha, desbotando sua arte...
As massas de concreto de um cinza mais cinza que os nimbos
Ecoavam o praguejamento dos trovoes e relâmpagos
E a chuva a essa altura já amortecia os sinos
Que soariam, tentando amenizar seu animo e âmago
Velhas escarafunchando as vidas que passavam perdidas
Como se um filme passasse sob algum júri
O júri popular, das metrópoles que esquecem sua prole
Das Marias, Antônias e Cíceras, dos Petrúcios, Josés e Iuris
Vidas, apagadas e, porque não, esquecidas
Esse cenário difícil de julgar e fácil de condenar...
Meus caros, essa cena se repetia e perpetuava
Dentro do coração e mente daquela ex-menina que levantava cedo
Numa angústia metafísica, de matar...
Pra quem exalava confiança, e agora só medo...


                                                        Natália Goulart   25/01/11

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