sexta-feira, 7 de dezembro de 2007

Outro poema pra trabalho de bioetica...
é incrível ver como as pessoas são des"tratadas" e é mais impressionante ver isso de dentro da área da saúde... Aqueles corpos em cima dos leitos não são só matéria, são e foram uma vida inteira, com alegrias, tristezas, angústias, e tudo o que você que está "bem" já teve e terá ...


A vida se esvai

Com o passar do tempo

Ah! Chronos...

O carpe diem diz: aproveitai

E aproveitando vivi, festas, mulheres, bebidas.

E agora com a liberdade (e porque não) a vida

Cerradas, castradas neste quarto de Hospital

Neste leito de UTI

Minha consciência, autonomia,

Já ganhei e perdi

Em minha mente atordoada de medicamentos

Se configura a epifania

Encontrei a última peça do quebra-cabeça

E agora consigo ver a imagem completa

Consigo sentir uma gama de sentimentos

Eu não quero mais sofrer,

Deixe-me morrer...

Natália Goulart.

quinta-feira, 6 de dezembro de 2007

“Quero teu calor somado ao meu agora

Entra sem precisar bater na porta

Entra e não se preocupa se me acorda

Protege-me com teus braços

Torna-me inatingível no teu abraço

Não precisa apertar o passo

Pois já estou aqui,

Mas também estou ali

Sou filha do vento

Companheira do momento

Simplesmente amo

E não meço o quanto...”

Natália Goulart
Esse aqui eu fiz pra um trabalho de uns amigos lá da facul, sobre AIDS em uma criança...

“Por acaso ou por martírio

Iniciado um suplicio

Quando lida a sentença:

Soropositivo...

Toda ação tem uma reação,

Todo ato uma consequência

Um ser desamparado, deprimido,

Castigado,desidratado e desnutrido...

Alguém ao fundo diz:

“É são coisas da vida”...

Mas que vida é essa,

Que condena inocentes quase que por prazer

O médico se prostra no leito como um aprendiz,

Sem ter muito o que fazer

Pois é o destino de si faz troça...

O pai, morto,

A mãe prostituida,

O filho num leito de hospital, torto,

Com a infância perdida..."

Natália Goulart

quarta-feira, 28 de novembro de 2007

Na praia,,,

Teu olhar no meu

Meu olhar mareado,

Teu olhar desesperado

Rogando um beijo de Morfeu

Na praia, de dia ou de noite

Todo mundo se rende ao embalo do mar

Andar na areia, sem se preocupar onde vai chegar

Esperando o gozo ou o açoite

O sol cai no horizonte

A lua meio torpe

Traz a sonolência pretendida

E mais uma vez minha alma perdida

No peito teu encontra o norte...

Natália Goulart

domingo, 25 de novembro de 2007

Não sou Pilatos
Mas lavo minhas mãos
Para este caminho que escolhestes
Não há redenção

Já desisti destes caminhos tortuosos
Caminhos de ida sem volta
Com fatos dolorosos
Pra quem está atrás do outro lado da porta

O que seria do lenço de papel
Caso a lagrima não fosse
Deles acompanhante fiel???

Natália Goulart

Tantas coisas/diamantes

Tantas coisas ditas
Pensadas, sentidas
Tanta mágoa, tanto carinho
Bandagem para as feridas
Porém a xilocaína
não anestesia mais
E aumenta a pressão
execida, coisas banais
Palavras duras
Em vozes tristes
Traçam os limites
de começo e fim
Será que ainda se tem cura?
Pra esse irracional vazio em mim
Não falo de amores carnais
Mas sim de sentimentos fraternais
Cuja ruptura pariu dores dilacerantes
qeu embrutecem o diamantes
Outrora lapidados
Recentemente cerrados
Sei que como ainda há
Mas como relapidar???

Natália Goulart

sexta-feira, 16 de novembro de 2007

Cansada, sozinha

Uma alma caminha

Rumo ao desencontro

Que não estava previsto no conto

Uma flor em seu semblante

Um lâmina delgada e minguada restante

Irrompe o curso arterial

Fazendo da vida algo banal

Conjugando seu destino

Livrando-se do seu desatino

E com seu ultimo suspiro de despede

E cansada suplica, roga,pede

Para que fiquem bem seus bens mais valiosos

Que cuidem dos seus tesouros preciosos

Tesouros que reluzem seu brilho a outros olhos

Marcados pela vida, pelos vivos olhos vistosos

E os olhos abandonados daquela alma agora, mortos...

Natalia Goulart

quarta-feira, 26 de setembro de 2007

Falta de inspiração...

As rimas não rimam como antes
A caneta brigou com o papel
Secaram-se as fontes
Os poetas perderam o céu
Sob os rios caíram as pontes
O dia perdeu-se
A noite, não mais amanheceu
As letras, esqueceram-se
As palavras, opoema se reescreveu
O que aconteceu????

America Gun

À minha cidade..Maceió...

À medida que olho a cidade
Passando pelos bairros
Tantas belezas naturais
E até artificiais nos enchem os olhos
Penso se isso é ser "alagoano de verdade"
Povo desiludido com a desigualdade
Queria reerguer-te Maceió
Queria ver teus filhos por mudanças lutar
E unir-se para ver teu sol
Que se ergue triunfante sobre a noite bela
Retratada no poema do poeta
E descrita numa moldura, numa tela
O que podias ser e não és...
Natália Goulart

Revolta fraternal...

Usada é como me sinto
envenenada pelo mais torpe absinto
A sensação ed ser trocada
Como um brinquedo ultrapassado
Largado por se tornar inútil
Como diria o obituário:
Aqui jaz um amigo desconsiredaro
Pelas palvras e um gesto sutil...

America Gun

02/08/06

É com muita honra, e com uma certa nostalgia de um tempo que nao volta mais que
eu posto esse escrito de uma grande amiga, fruto de uma "produtiva" "aula de geografia"
em 02/08/06


"Eu tô com sono pq a
bicicleta q eu ñ tenho
ñ é roxa e
o hipopotamo q vi
voando há 3 anos
luz atrás caiu dentro
da privada implodida
do castelo q caira
na terra das palavras
perdidas, q tédio!"

Um dia...

UM DIA

Disseram ao poeta
que nao poderia mais escrever
Disseram ao profeta
que nao poderia mais prever
disseram as aves
que nao poderim mais voar
disseram aos casais
que nao poderiam mais se amar
cortaram a mao do poeta
e quebraram seu tinteiro
arrancaram os olhos do profeta
e seu ego por inteiro
quebraram as asas das aves
e mataram um do casal
o profeta ouviu o poeta
sentiu a clarividencia e
despejou-a rimada no papel
o verso do poeta com a pena
da ave arrancada, escreveu
com o sangue do amado, refazendo a cena
para ao amado morto uma elegia
os versos do poeta voaram
transcederam a clarividencia
e o amor eternizaram
com a sua ultima presenca..."
America Gun

Meu Silêncio

"Tantas vezes nos calamos e omitimos nossas opinioes, nossos sentimentos, oprimidos por hierarquias falidas, por ingenuidade, por se importar com os outras, mas cade a debolutiva dessa doação toda???"



Meu silencio é protesto, não é respeito
tiranos não merecem louvores
por esmagar com pés de gigante nossos peitos
por descolorir as cores
pelos seus malfeitos
ditadores tampouco são honráveis
por calarem os protestantes roucos
por nos taxarem de loucos
ao rasgare nossos direitos
castram a nossa liberdade
e o povo busca trejeitos
de retomar os ideais de igualdade
escritos em papéis dormentes
numa constituicão demente
que escreve mas não le
que julga e diz não ver
uma utopia vigente...
America Gun

O que deixamos por aqui??

"Um belo dia olhar para trás e tentar ver o que deixastes...
Ver o que nem todos vêem o nível, as conseqüências e a intensidade da nossa passagem pela vida das pessoas...
Afinal, o que deixamos é uma palavra dita, um olhar, um abraço sincero- o que é raro ultimamente-, uma linha de raciocínio, um ponto de vista.
Infelizmente tenho essa necessidade de ver o que nem todos vêem. Insegurança? Talvez, mas uma confiança ingênua nas pessoas ao redor não é sadia...Não se arrepender se tentar "quebrar as correntes" não se policiar por falar a verdade e acima de tudo, não se culpar pela falta de reciprocidade dos sentimentos que temos e que ao serem ignorados, questionados acabam secando e rachando como o solo do semi-arido, rachado pelo intempeirismo do clima, assim somos nos rachados pelos intempeirismos das relações humanas.
Então permaneço na minha redoma com minhas lagrimas como fieis- e únicas- escudeiras..."

A flor...

Essa aqui versa um pouco sobre a nossa correria cotidiana, que muitas vezes nos faz passar despercebidos pelos grandes fatos, atos, sentimentos que se desenrolam embaixo do nosso nariz e somada a miopia da frieza dos pseudosentimentos humanos nos insensibilizam..."


"As flores murcharam
O dia perdeu a cor
A musica perdeu a melodia
Tudo, todos ignoraram
O que era a flor
Mas reparam quando ela murchou
Deve ter sido pelo torpor
De vê-la morrer- com ou sem dor?
Agora responda você regou quando passou?
Ou a pressa te levou pro outro lado da cidade?
Ma pra outra flor pode não ser tão tarde..."
América Gun.

Homenagem à nossa grande amiga..A LUA....

" Na tua face te vejo triunfante
Ó lua plena de si
Esquecida pelos amantes
Que trocaram a luz que emana de ti
Pelo breu do amor às escondidas
Fostes esquecida amiga dos poetas
Tu morrestes e renascestes
Assim como diziam os profetas
Nos distanciamos e tu não nos renagastes
Ó lua plena de si
Esquece que fostes esquecida
E nos encanta com essa luz que "emana" de ti..."
América Gun

Antigaaaaa

"Ta todo mundo errado
Algo tem que ser mudado,
Não tem ninguem mais ao meu lado
To sozinha na multidão
To saindo pra caçar
Sozinha e na escuridão
Não tenho mais pra quem gritar
Já virei uma facil presa
Dessa melancolia que quer me matar
Já não sou mais coesa
Não tem sentido o que falo
Não tem sentindo o que penso
Não mais penso, e hoje calo
Não mais tento
Não tenho por que tentar
Mas eu corro, não sei pra onde
Mas e se eu ficar...
Se mais um segundo aqui ficar, morro
Eu vejo a luz atras do monte
E é naquele lugar
Que vou me refugiar
Será que é la onde o tudo se esconde????
América Gun.